domingo, 14 de junho de 2009

Educação - Civilização - Barbárie

A leitura do texto “Educação após Auschwitz” do filósofo alemão Theodor Adorno, nos leva a pensar sobre a atual situação da educação, enfatizando a importância de trabalharmos para que Auschwitz não venha a se repetir.
Concordo com Adorno quando diz que a educação só teria pleno sentido como educação para a auto-reflexão crítica. E aí entra nossa missão enquanto educadores, embora estejamos enfrentando um tempo difícil, onde a sociedade está carente de valores, as famílias cada vez mais desestruturadas geram filhos ainda mais complicados, tristes, carentes. As famílias são a referência de conduta para as crianças e em alguns casos isso não acontece positivamente e o professor tem um importante papel na formação delas. Então, precisamos ter cuidado na maneira como tratamos o nosso aluno, procurar resolver os conflitos de maneira pacífica, para não sermos coniventes com a agressividade, assim, num clima de respeito, de diálogo, de cooperação podemos fazer a diferença e ajudá-lo a reforçar o que há de bom para uma convivência saudável.
A educação é a arma mais poderosa que podemos usar para mudar o mundo. Acredito que através da educação, seja possível trabalhar, tentando mostrar a “cura”, ensinando nosso aluno a pensar, refletir, se posicionando acerca dos fatos. Mas tudo isso regado com muito afeto, com sentimento e consciência de um mestre que estendas a mão e não tenha medo de dar amor, pois estamos trabalhando com crianças e adolescentes que ouvem nossas palavras e se espelham em nossas atitudes.
Através da educação podemos tornar as pessoas mais sentimentais, sensíveis, capazes de amar, a não serem tão frias com seus semelhantes. Precisamos alertar e fazer desabrochar o amor que ainda existe nos seres humanos antes que o cortem pela raiz, evitando-o assim de uma barbárie de Auschwitz, para que isso não se repita.